terça-feira, 27 de março de 2012

Dadaísmo

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Dadaísmo
obras de Francis Picabia 

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" Um novidade que dura só cinco minutos vale mais que uma obra imortal que chateia a todos. "

Francis Picabia"Melhor não fazer nada do que fazer qualquer coisa. "
Francis Picabia

Francis Picabia, 00002269-Z 
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Francis Picabia, 00002271-Z 

 
Monalisa com bigode, de Duchamp

O dadaísmo foi um movimento artístico que surgiu na Europa (cidade de Zurique) no ano de 1916. Possuía como característica principal a ruptura com as formas de arte tradicionais. Portanto, o dadaísmo foi um movimento com forte conteúdo anárquico. O próprio nome do movimento deriva de um termo inglês infantil: dadá (brinquedo, cavalo de pau). Daí, observa-se a falta de sentido e a quebra com o tradicional deste movimento.
Características principais do dadaísmo:
- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;
- Irreverência artística;
- Combate às formas de arte institucionalizadas;
- Crítica ao 
capitalismo e ao consumismo;
- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de 
artes plásticas;
- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.


        O URINOL DE DUCHAMP
Em 1917, com o pseudônimo de R. Mutt, Marcel Duchamp enviou para o Salão da Associação de Artistas Independentes um urinol de louça, utilizado em sanitários masculinos, com um título sugestivo de "A Fonte". A escultura foi rejeitada pelo júri que disse  não ver nela nenhum sinal de trabalho artístico.

Mas  suposta obra de arte tornou Duchamp famoso. Provavelmente foi o  gesto iconoclasta do artista que o tornou especial, afinal a obra era apenas um urinol comum, branco e esmaltado, comprado numa loja de construção.  Mas muitos viram nisso arte. Surgiu depois o conceito de  readymade – apropriação e deslocamento de objetos pré-fabricados para o meio artístico.

Alguns abordaram a peça sob o ângulo psicanalítico e viam nas formas do urinol uma semelhança com as formas femininas, de modo que induzia o espectador a pensar no membro masculino lançando urina sobre a forma feminina.  Waal.

No fim, ficou mesmo a frase de Marcel Duchamp:  “Joguei o urinol na cara deles como um desafio e agora eles o admiram como um objeto de arte por sua beleza.”
Marcehl Duchamp - "Roda de bicicleta"

DUCHAMP QUE ESTÁS NA ARTE, NOS DADA A FONTE

por  em 01 de set de 2012 às 04:21
A antiarte dos ready-mades de Marcel Duchamp. Como os objetos banais podem ser retirados de sua função utilitária e mudar a arte para sempre.
Duchamp (1887-1968) era um artista dadaísta, pertencia ao movimento que pensava que a arte deveria ser antiartística, inquietante e instigar um novo contato com o mundo da arte – menos santuário e mais ilógico, descartável até. O dadaísmo promovia a incoerência, pois atacava a crença de que a sociedade poderia solucionar tudo com o uso da lógica. O dadaísmo de Duchamp foi uma revolução dentro do próprio cenário revolucionário dada, porque ele colocou em questão a arte e o artista com seus ready-mades – objetos funcionais fabricados industrialmente exibidos com alguma ou nenhuma intervenção. O mais famoso dos ready-mades é o mictório intitulado A Fonte.
urinol-duchamp.jpg
(...) “o artista plástico francês Marcel Duchamp colocou um objeto escolhido ao acaso (um porta-garrafas) sobre um pedestal e o expôs. Jean Bazaine escreveu a propósito: “Esse porta-garrafas, arrancado ao seu destino útil, posto de lado, foi investido da dignidade solitária do destroço abandonado. Servindo a nada, disponível, pronto para tudo, vive. Vive à margem da existência a sua própria vida inquietante e absurda – o inquietante objeto, o primeiro passo para a arte.” (JAFFÉ. A pintura moderna como um símbolo. In: JUNG.O Homem e seus Símbolos . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008, p. 340)
Os ready-mades questionavam o que poderia ser considerado arte – arte, a partir de agora, seria o que o artista assim desejasse - além de confrontar o valor do material na sociedade que presenciava a Primeira Guerra Mundial. Os objetos que participam da ideia de propriedade, muitos com o qual é traçada alguma relação de afeto. Os objetos que são adquiridos, frutos de investimentos, outros que passam desapercebidos mas que são necessários, de qualquer modo não se imagina a vida sem objetos – afinal evoluiu-se com a marca do objeto fabricado, desde a era primitiva da pedra lascada e polida até hoje com o advento da tecnologia, nanotecnologia e afins.
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"Como você sabe, eu gosto de ver o lado intelectual das coisas, mas não gosto da palavra “intelecto”. Para mim, intelecto é uma palavra seca demais, inexpressiva demais. Gosto da palavra “crença”. Geralmente quando as pessoas dizem “eu sei”, elas não sabem, elas acreditam. Bem, quanto a mim, acredito que a arte é a única atividade do homem em que ele se mostra de fato um ser capaz de ultrapassar sua condição animal. A arte é uma forma de fugir para regiões não governadas pelo espaço e pelo tempo. Viver é acreditar, essa é a minha crença." (TOMKINS, C. Ducahmp - uma biografia, São Paulo: Cosac Naify, 2004, p. 437)
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Um objeto retirado de sua função não é mais um utensílio, torna-se um objeto enquanto relação com um indivíduo. Deixa de ser utensílio, cumprir com a função de ser somente útil, para elevar-se à abstração de ser privado de sua função para vir a ser um objeto de contemplação, forma pura. No caso das obras de Duchamp, como A Fonte, além de ser abstraído de sua função e deixar de ser um utensílio, ele é entregue à contemplação artística – um escândalo para uma sociedade que idolatrava os objetos de suas coleções e as máquinas tecnológicas que estavam proporcionando a guerra mas não atentava para os objetos banais. O artista dadaísta brincou com a arte e com o público, afirmou artisticamente que tudo poderia ser arte e que apreciar um mictório ou uma roda de bicicleta era possível. (Vale lembrar que A Fonte não foi aceita para exposição pelos críticos em sua época.)
A produção em massa já encontrava espaço na arte desde Duchamp, anos antes de Warhol expor suas caixas de Brillo. A arte havia iniciado sua libertação da técnica e do rigor que limitava e controlava quem era ou não artista, e, assim, também apontou para o trabalho dos críticos de arte e questionou sua função diante da arte e do público – agora era hora de uma nova arte e uma nova crítica, a interpretação e o questionamento havia abarcado a arte. O que Duchamp deixava claro é que suas obras não eram obras nem arte, mas mesmo assim instigavam o questionamento.
Depois de tudo, Duchamp abandonou a arte para se dedicar ao xadrez.
Marcel Duchamp_Enxadrista3.jpg
Alguns sites interessantes sobre Marcel Duchamp:
http://www.understandingduchamp.com/
http://www.marcelduchamp.net/index.php


Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/transfigurar/2012/09/duchamp-que-estas-na-arte-nos-dada-a-fonte.html#ixzz25FiBRBYy



A REVOLUÇÃO DA RODA
Ao procurar novas questões e técnicas, Duchamp faz o “ready made” (denominação criada por ele) deslocando objetos utilitários de suas funções originais atribuindo a esses um nome, título, data e assinatura, logo, tais objetos ganham um status de obra arte. Com isso, Duchamp coloca em xeque o conceito de ser artista, uma vez que, para fazer uma obra parecida, é necessário apenas de objetos e criatividade. Ele privilegiava objetos do cotidiano que não tinham sentido estético para cortar qualquer relação com o sentido de saber fazer a arte. Duchamp queria se despojar de qualquer sentido do belo, buscando a liberdade total de transgredir os territórios e, assim, aproximar a vida da arte.
 
   Percorrendo a exposição, é possível ver como a arte de Duchamp é desprovida de qualquer sentido heróico. Ele não desejava levar arte às massas nem beleza ao cotidiano. Estava interessado em pensar, e pensar com companhia. O mais claro e contundente convite de Marcel Duchamp nesse sentido são os ready-made. Ao tirar um objeto comum de seu contexto usual e elevá-lo à categoria de arte, ele anunciava ao mundo: a habilidade manual do artista já não basta para definir uma obra. Na nova realidade, tomada pelas mais diferentes possibilidades de reprodução, o pensamento do autor por trás de seu trabalho ¿ enfim, a sua idéia ¿ se torna o mais importante. Instalar, portanto, uma roda de bicicleta sobre um banco era um jeito de fazer com que o espectador deixasse de vê-la como parte da bicicleta e passasse a admirá-la por seus contornos ¿ e só. A escolha do objeto que sofria esse deslocamento partia do artista, e isso ganhava valor. Nasceram assim, em seu ateliê, em Paris, em 1913, os dois primeiros ready-made da história, exatamente a Roda e o Porta-Garrafas. Dois anos depois, em 1915, Duchamp se mudou para Nova York, deixando o ateliê na França sob os cuidados de uma de suas irmãs. Ao limpar o quartinho, a jovem jogou fora o que, para ela, nada mais era do que objetos velhos e sem utilidade. Duchamp teve de desenvolver mais tarde outras versões de suas mais importantes criações em solo parisiense (entre elas, a Roda de Bicicleta; a imagem que aparece na capa de BRAVO! é uma segunda versão).
http://www.marcelduchamp.net/images/Bottle_Rack.jpg 
Secador  de Garrafas
 
"O que eu faço:
Faço para Deus.
Por que Ele me pediu,para eu recriar o mundo Dele.
Não adianta gostar,por que eu,não faço para homem algum"
http://www.artlurker.com/wp-content/uploads/2008/12/dsc02085_2.jpg 
http://www.toutfait.com/images/GalleryImage/Big_Gallery_Image_597.JPG 
http://www.marcelduchamp.net/marcelduchamp_images.php?&pageNo=3

https://www.google.com.br/search?q=Ernesto+Neto&hl=pt-BR&client=firefox-a&hs=Noc&rls=org.mozilla:pt-BR:official&prmd=imvns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=-w5yT720CofqggeS54hb&ved=0CEAQsAQ&biw=1352&bih=558

VocÊ passa e já desfia!

Não precisa aguardar
aquela mesa de
restaurante
com
"farpas" !
ãããn? (tendi não!)
15 de maio de 2008 21:33
Blogger Suzana disse...
È só uma brincadeirinha com as novidades tecnológicas! Na verdade a inspiração foi de um ferro que vc pode passar a roupa no próprio cabide.Seguido do comercial das famosas facas guinzzo.E como nós mulçheres vivemos desfiando a meia... Porque não um ferro que já desfia?!kkk Piada sem graça, né!
http://www.toutfait.com/images/GalleryImage/Big_Gallery_Image_583.jpeg
 
http://3.bp.blogspot.com/-pWbOnjtrhfs/TwkBoAMaLyI/AAAAAAAAAUU/CgIEbaO7nmo/s400/ready-made-magazine-lrg.png 
http://1.bp.blogspot.com/-6eLYDFS9HTw/TwkCBSP79II/AAAAAAAAAVU/1-93bHyadv8/s1600/fishbowl.jpg
http://4.bp.blogspot.com/-7mvQAjDumFE/TwkCEbHhreI/AAAAAAAAAVc/7YXnQe4RTEw/s1600/MOVEME%257E2.JPG
Desjejum - Oppenheimer
- Tristan Tzara
Marcel Duchamp
Hans Arp 
- Julius Evola - Francis Picabia - Max Ernst - Man Ray - Raoul Hausmann - Guillaume Apollinaire
- Hugo Ball - Johannes Baader - Arthur Cravan - Jean Crotti - George Grosz - Richard Huelsenbeck
- Marcel Janco- Clement Pansaers - Hans Richter- Sophie Täuber

Marcel Duchamp - Nu descendo uma escada


RUSSOLO: "DINAMISMO DE UN AUTOMÓVIL",1913


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